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Como vai ficar a educação da Bahia?


 
"Alvaro Jardim" 


Os professores da rede estadual de ensino decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (5), manter a paralisação que já dura 56 dias. Os representantes da categoria recusaram a proposta oferecida por Jaques Wagner de conceder aumento de 22% a 26% até abril do ano que vem, através de promoções nas carreiras dos docentes. Em entrevista à TV Bahia, professores afirmaram que a categoria entendeu que a proposta do governo não atende às reivindicações e necessidades do grupo. Além disso, houve divergência quanto à realização das provas para mudança de nível e o governo não previa reajustes lineares para os salários. Segundo a proposta do governador, as promoções ocorreriam por meio de cursos, com um aumento de cerca de 7% em novembro deste ano e outro do mesmo valor em abril do ano que vem – além do reajuste de 6,5% que o governo já concedeu aos servidores este ano. Com os índices, o ganho real é de mais de 22%. Apesar de ter dito, na entrevista à TV, que o primeiro aumento seria dado em outubro, Wagner se corrigiu em conversa com o CORREIO, afirmando que esse pagamento seria feito, na realidade, em novembro. Apesar da proposta feita pelo governo, a direção do Sindicato dos Professores (APLB) informou na noite desta segunda (4) que a greve será mantida. “O comando rejeitou a proposta apresentada pelo governador. Ela não serve para a categoria”, disse o coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira. O dinheiro que seria usado no reajuste acordado ano passado é o dinheiro que vai ser aplicado para fazer o avanço de carreira. São adicionados juros sobre juros acumulados: 7% em cima de 6,5%, resultando em mais de 13,5%, e depois mais 7% sobre os 13,5%, que vai dar os 22%. No caso do índice de 26% que alguns professores poderiam atingir, se explica porque parte da categoria - professores de nível médio - recebeu um reajuste de 4,65% a mais para atingir o piso nacional do Ministério da Educação (MEC).

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